No momento em que decidi fechar os olhos, para sonhar, fantasiar, imaginar e me deixar levar agarraste-me. Deste-me a mão e disses-te: confia em mim! com a tua voz calma e baixa, falas sempre baixo quando queres que eu acredite. Então eu disse que sim, e atirei-me contigo. Desci a toda a força contigo, sempre a pensar que tinha cido a melhor decisão, no momento em que estávamos a cair a pique em direcção á água tu abres as tuas asas, e deixas as minhas mãos fugirem. Olhei para cima, e vi então tu a voares e sorrires, foi então que disses-te: tu já não sabes voar, já não és tu mesma, não posso ficar contigo enquanto nao voares outra vez. E eu disse: mas eu confiei em ti. e tu: pensava que ainda tinhas asas... E caí, naquele imenso mar negro e solitário, o inpacto foi chocante, assim como as suas palavras ainda no coração e mente. Deixei-me chegar ao fundo e estendi a mão á espera que me viesses resgatar. Mas não vieste...
Alguns ficam com as asas, outros quando são feridos, ficam sem elas.
Que LINDOO. Tens mesmo jeito para escrever (:
ResponderEliminarQuanto estiveres inspirada escreve em qualquer lado, eu costumo escrever no telemóvel que é o que tenho sempre á mão.
ResponderEliminarÉ tipico portugues, e dói muito.